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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Doença Celíaca: Alergia ao Glúten




O glúten é uma proteína presente no trigo, cevada, centeio, aveia e em todos os seus derivados, como a farinha, farelos, germe, etc. Ele é formado quando se adiciona água à farinha, onde seus dois componentes (gliadina e glutenina) se aglomeram para formar a massa. Conforme a massa é trabalhada, o glúten confere elasticidade, plasticidade e adesividade, permitindo o crescimento do pão, sua maciez e boa textura. Entretanto, esta proteína pode não ser bem digerida por alguns indivíduos, resultando em uma alergia ao glúten.A alergia ao glúten, também conhecida como doença celíaca, é hereditária e considerada uma desordem auto-imune, na qual o organismo ataca a si mesmo. O glúten agride e danifica o intestino delgado e prejudica a absorção dos alimentos. Os sintomas podem surgir em qualquer idade após o glúten ser introduzido na dieta e incluem diarréia crônica ou prisão de ventre, inchaço e flatulência, irritabilidade, e pouco ganho de peso. Os pacientes podem apresentar atraso de crescimento e da puberdade, anemia da carência de ferro, osteopenia ou osteoporose, exames anormais de fígado, e uma erupção na pele que faz coçar chamada dermatite herpetiforme. No entanto a doença celíaca também pode não apresentar nenhum sintoma, e neste caso há exames de sangue específicos para confirmar o diagnóstico.Por conta da gravidade da doença, desde 2003 ficou sancionada a lei em que todos os produtos industrializados devem ter nos rótulos as indicações “contém glúten” ou “não contém glúten”.
O tratamento consiste na eliminação de alimentos que contém glúten da dieta. O trigo, a aveia, o centeio e a cevado devem ser substituídos pelo milho, arroz, batata e mandioca, sendo considerados alimentos permitidos os grãos, gorduras, óleos e azeites, legumes, hortaliças, frutas, ovos, carnes e leite, lembrando sempre que a dieta deverá atender às necessidades nutricionais do indivíduo. Além da dieta, o paciente celíaco deve estar atento também à composição dos medicamentos prescritos para ele.
Em uma ou duas semanas o paciente já apresente sinais de melhora. Entre seis a doze meses de dieta a recuperação da parede do intestino é completa e os sintomas desaparecem. Visitas regulares a um nutricionista são importantes para ajudar a manter a dieta e monitorar possíveis complicações. Apesar de algumas pessoas serem capazes de voltar a consumir glúten sem sintomas imediatos, a doença celíaca não é curada. A dieta sem glúten deve ser seguida por toda a vida.

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